O post de hoje não tem nenhuma relação com a filosofia do blog. Não é Didi e muito menos engraçado.
O post de hoje relata um absurdo que aconteceu aqui na redação. Recebemos um release sobre a necessidade de se estabelecer uma taxa para obesos viajarem em aviões.
Não vou comentar. Leia e tire suas próprias conclusões!
“Passagens por Quilo
*Sylvia Romano
Ao ler há alguns dias uma matéria que dizia que a United Airlines estava querendo que os passageiros obesos comprassem duas passagens quando fossem viajar em classe turística, me ocorreu uma idéia que, por mais esdrúxula que possa parecer, talvez fosse a solução para as quedas de avião por excesso de peso. Eu mesma sei do caso de um avião Bandeirantes que, há cerca de 25 anos, caiu no interior do Estado de São Paulo e cuja queda foi atribuída ao excesso de peso transportado. Por ironia do destino, fazia parte dos mortos um grupo de jornalistas e quem havia organizado esta viagem de imprensa era um conhecido meu, o Belmiro, que passou a vida toda fazendo regime, sem-sucesso, e que na ocasião do acidente deveria estar pesando mais de 180 quilos. Gentil como era, Belmiro deve ter sido o último passageiro a embarcar e, provavelmente, acabou sentado no “rabo” do avião, o que devido ao seu peso pode ter desestabilizado a aeronave, provocando a sua queda. Testemunhas disseram que, momentos antes do acidente, o avião voava com a parte traseira mais baixa e que os motores pareciam estar no limite da aceleração.
Hoje, com grandes aviões levando até 400 passageiros, se este contingente de viajantes estiver acima do peso o risco poderá ser muito grande, principalmente nos Estados Unidos, onde a obesidade é um grave problema. Levando-se também em conta que, de modo geral, quem viaja pertence a uma classe mais elevada — classe esta que luta cotidianamente contra a balança — é plausível considerar que o peso total dos passageiros deve ultrapassar e muito a capacidade de voo das aeronaves. Somando-se a isto, há ainda o grande incômodo para quem tem a má sorte de sentar-se ao lado de um obeso. Pode até parecer que tenho preconceito com os mais “cheinhos” e que não sou politicamente correta, mas quem convive com eles sabe muito bem do que estou falando, principalmente em relação às cadeiras, às camas e a tudo aquilo que um alegre gordo ocupa.
Mas, voltando a falar do perigo que o excesso de peso representa em um voo, acho que a solução seria cobrar — como já é feito com as bagagens — uma taxa de sobrepeso, ou mesmo, que o preço das passagens variasse de acordo com o quilo dos viajantes, o que iria permitir um controle maior dos aviões, melhorando a segurança dos voos. Medidas até engraçadas como esta poderiam servir, também, como um incentivo ao regime, o que, convenhamos, seria muito salutar para o imenso contingente da população que sofre com a obesidade.
Por outro lado tal providência, que é um direito dos magros, aliviaria muito os riscos dos viajantes, aumentaria o conforto e permitiria uma economia maior na compra de passagens — muito justa, por sinal, a redução do bilhete seria um grande prêmio para quem passa a maior parte da vida tentando conter sua fome.
* Sylvia Romano é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo. E-mail: sylviaromano@uol.com.br ”
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